Mantenha apenas código e testes como artefatos permanentes. Gere outros documentos que se façam necessários a partir do código e dos testes. Utilize mecanismos sociais para manter viva a história do projeto.

Clientes pagam pelo que o sistema faz hoje e o que a equipe pode fazer com que o sistema faça futuramente. Quaisquer artefatos que contribuam para essas duas fontes de valor são valiosos. O resto é desperdício.

Código e testes é uma prática fácil de ser seguida um pouquinho de cada vez. Um processo complicado, orientado a documentos, de cinco estágios, pode ficar mais leve um pouco de cada vez, à medida que a equipe se torna mais habilidosa. Quanto melhor a equipe for em design incremental, menos decisões de design precisam ser tomadas com muita antecedência. Quanto mais claro se torna o ciclo trimestral em termos de expressar prioridades de negócio, mais fino o documento de requisitos precisa ser.

A tendência em desenvolvimento de software tem sido simplesmente o oposto há décadas. Formalismo interfere no fluxo de valor. As decisões valiosas em desenvolvimento de software são: O que iremos fazer? O que não iremos fazer? e Como iremos fazer aquilo que vamos fazer? Aproximar essas decisões, de modo que elas possam alimentar-se umas das outras suaviza o fluxo de valor. Eliminar artefatos que agora se mostrem obsoletos viabiliza esse tipo de melhoria.

Autoria

Texto de Vinícius Manhães Teles.
Ilustrações de Leandro Mello.

Publicado em 02/10/2006.

Licenciado como Creative Commons Atribuição.